
Levando em consideração a divisão de episódios da CTV, a terceira temporada foi escrita de uma maneira sublime: entrelaçou verdadeiramente os dramas dos protagonistas, trouxe histórias marcantes, momentos de pura emoção e fechou com chave de ouro, trazendo um final surpreendente que soube deixar os telespectadores ansiosos por uma continuação.
Ao longo da temporada, os personagens tiveram suas historias exploradas de forma grandiosa, ligadas entre si aos seus dramas pessoais e familiares. Jules por exemplo, presenciou um momento feliz, mas ao mesmo tempo difícil para Ed (Hugh Dillon), com a esposa grávida e os medos de uma possível separação. Jules buscou essa aproximação do amigo de equipe e mais uma vez pode refletir sobre ter uma família, um filho.
Tivemos Amy Jo Johnson dando o seu melhor e provando mais uma vez que é uma grande atriz. Em "Thicker Than Blood", ela nos fez refletir em como agir e qual solução buscar, numa situação onde estava envolvida a vida de um garoto com leucemia. Garoto esse, que quando encontrou com Jules no hospital, protagonizou um dialogo cheio de verdade e inocência. Olhando nos olhos de Jules, ele diz: "Quero ser policial. Se eu sobreviver quero ser médico ou policial".
No final, Jules sentiu a dor da família, e seu discurso para pai biológico do garoto que se recusava a ser o doador, foi humano e comovente: "Você ao menos sabia o nome dele? Você sabe que ele tem os seus olhos? Mas os olhos dele não vêem as coisas como os seus, os olhos dele são corajosos. E quando ele olha para você, ele olha bem dentro de você, e te faz acreditar no que ele acredita, te faz acreditar que qualquer coisa é possível."
Não podemos deixar de falar também da presença do paramédico Steve (Steve Boyle). Desde o episódio "Follow The Leader", quando Jules o encontrou e depois o apresentou para a equipe como um "antigo amigo", ficou claro que algo importante ainda iria envolver ele futuramente já que tinha intenções amorosas com Jules. Jules volta a encontrar Steve em "Whatever it Takes", onde por um momento temos os três juntos: Steve, Jules e Sam (David Paetkau).
A surpresa estava guardada para "Terror", episódio épico e visto pelos fãs como um dos melhores de toda a série. Quando Jules aproveitava seu dia de folga para um encontro com Steve, eles são feitos reféns por Davis, um homem desorientado, dentro de restaurante árabe. Para o desespero de Jules, Davis atira em Steve. Em mais uma grande atuação, Jules age como intermediadora e com ajuda de Sam, ela consegue imobilizar Davis e salvar Steve.
É então que temos o desfecho da historia envolvendo Jules e Steve. Deitado na cama do hospital, Steve diz para Jules: "Esses últimos meses, eu tenho pensado muito sobre a situação inteira. Família, futuro e essas coisas. E o que quero dizer é que as nossas situações não são as mesmas, porque você está na minha, eu acho que eu não estou na sua". E concluindo, ironicamente ou não, Steve diz: "Prometa pra mim, continue cantando". A cena fecha ao som de "Goodbye", cantada pela Amy Jo Johnson e somos mais uma vez presenteados com sua música na trilha sonora.
Para fechar a temporada tivemos outro grande episódio: "Fault Lines" onde os membros da equipe da SRU tiveram que ser interrogados pelo temido Dr. Toth (interpretado pelo ator convidado Victor Garber). O medo e a possibilidade de perderem seus lugares na equipe aproxima Jules e Sam, que durante o interrogatório são questionados sobre o relacionamento amoroso que os dois tiveram e sobre as situações onde isso poderia colocar em risco o trabalho da equipe. Em forma de flashback, cenas marcantes de episódios passados como o beijo de Jules e Sam, são relembradas. A relação do casal volta a ser explorada, e no final do episódio, Jules vai até o apartamento de Sam.
Parabéns a Mark Ellis, Stephanie Morgenstern, produtores executivos Anne Marie La Traverse e Bill Mustos e a todos que fazem Flashpoint ser uma série especial em nossas vidas! Que a quarta temporada venha com toda essa emoção, ação, romance e sucesso!